Terroir e café tem tudo a ver, sabia? Aqui na Coffee Mais, por exemplo, a gente acredita que, na maioria das vezes, os melhores cafés vêm de altitudes mais elevadas, acima de 800 metros. Isso porque, em altitudes maiores, a temperatura é mais amena e os grãos amadurecem mais lentamente.
Essa maturação gradual permite que o café desenvolva sabores mais complexos, com notas marcantes e bastante doçura. É quase como se a altitude desse tempo ao grão para “caprichar” nas suas notas sensoriais.
O Sol e a Produção de Café
Quem já visitou regiões próximas à linha do Equador, como o Norte do Brasil, a América Central ou a África, certamente notou que essas áreas recebem uma intensidade solar maior ao longo do ano. Essa abundância de luz solar, embora essencial para o crescimento das plantas, nem sempre é benéfica para a produção de café.
O excesso de sol pode levar a um aumento da temperatura no solo e à desidratação das plantas, resultando em grãos de café com características menos desejáveis. Para contornar esses desafios, uma das práticas mais comuns em regiões de forte insolação é o plantio de árvores sombreadoras, como abacateiros ou bananeiras, ao redor das plantações de café.
Essas árvores desempenham um papel crucial no ecossistema agrícola, criando um microclima que ajuda a moderar a temperatura do solo e a proteger as plantas de café dos efeitos diretos do sol intenso. A sombra proporcionada por essas árvores permite que os grãos de café amadureçam de forma mais equilibrada, o que é fundamental para o desenvolvimento de sabores mais complexos e sofisticados.
Além de regular a temperatura, as árvores sombreadoras também contribuem para a conservação da umidade do solo, reduzindo a necessidade de irrigação frequente. Elas ajudam a preservar a biodiversidade local, oferecendo abrigo e alimento para diversas espécies de fauna, como pássaros e insetos benéficos. Isso não apenas favorece a polinização, mas também contribui para um ecossistema mais saudável e sustentável.
Portanto, a influência do sol na produção de café é um fator determinante que exige estratégias cuidadosas para garantir a qualidade dos grãos. O uso de árvores sombreadoras é uma solução eficaz que demonstra como a interação entre diferentes elementos da natureza pode resultar em um café de excelência.
O microclima faz toda a diferença
Você já ouviu falar no Pico da Bandeira, localizado no Alto Caparaó, em Minas Gerais? Ele é o terceiro ponto mais alto do Brasil e também uma das regiões produtoras de cafés especiais mais fascinantes do país.
Agora imagine o seguinte: mesmo quando estamos falando da mesma montanha, os cafés cultivados em lados diferentes dela podem ter perfis sensoriais completamente distintos. Parece loucura, mas é a mais pura verdade!
Isso acontece por causa do microclima, que são pequenas variações em fatores como:
- Temperatura: Um lado da montanha pode ser mais frio ou quente que o outro;
- Umidade: A presença de correntes de ar ou proximidade de rios pode alterar a retenção de umidade no solo;
- Incidência solar: A face da montanha voltada para o nascer do sol recebe uma luz diferente da voltada para o pôr do sol.
Além disso, outros aspectos entram em cena, como diferenças no solo, nas técnicas usadas pelos produtores e no processo de colheita e secagem.
Quem tem curiosidade de entender melhor sobre os processos de pós-colheita, pode ver nosso conteúdo sobre o assunto no Youtube:
Ciência exata? Não quando falamos de café.
Tudo isso prova uma coisa: no universo do café, não existe uma fórmula matemática ou ciência exata. Cada detalhe, por menor que pareça, contribui para criar um sabor único e especial.
E aqui na Coffee ++, nós damos atenção a cada detalhe do processo, para que o café que você consome seja mais que especial: uma experiência memorável.