s vulcões, morros e a paisagem fazem parte do início de todo o processo de imersão aqui. E não é para menos. A ilha de Java guarda a capital da Indonésia e mais da metade da população total do país. Além disso, é de lá a origem de um dos cafés mais exóticos do mundo: o Java. Na boca, ele chega potente e com doçura muito peculiar, enquanto na lavoura as folhas nascem em cores bronzeadas com beleza que presenteia os olhos.
Trajeto de um grão forte, com tolerância às principais doenças e produtividade alta. O plantio traz brilho aos olhos e características que surpreendem logo na primeira impressão. E foi durante uma invasão de ferrugem na região que esse café mostrou que não estava para brincadeira e tinha a força como uma principais pontos de DNA. Pronto. O sabor indiscutível provou que também tinha resistência.
O café em Java
As semestres de Java Arábica têm o cultivo mais intenso no leste de Java, no complexo vulcânico do Planalto de Ijen. Por lá, a altura é aproximadamente 1.400 metros – caminho que ajuda demais no resultado da bebida na xícara.
Pesquisadores acreditam que a variedade chegou à ilha de Java pelas mãos de holandeses, ainda no século 19, diretamente da Etiópia. A intenção era de estabelecer o cultivo em clima tropical e, consequentemente, entender o resultado disso na mistura de sabores.
Atualmente, a grande maioria dos produtores da ilha tem cultivo focado em cafés da espécie robusta, contudo é possível encontrar no lugar saudosistas apaixonados focados na produção de café arábica na ilha.
Em Java, café é sabor, mas também é ritual, mistério, veneração e solução de bem-estar. Uma beleza que impacta.