O café japonês e sua relação com o Brasil

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modelo asiática se deliciando com um café japonês em uma cafeteria

Quando se pensa em café, é comum associá-lo a países ocidentais, como França, Itália e Brasil. Porém, o oriente também possui uma relação íntima com a bebida, especialmente o Japão. O café japonês é o primeiro preparado com técnicas especiais, vamos apresentar algumas delas a seguir.

Origem do café no Japão

Os hábitos japoneses vão além do tradicional consumo de chá. Já faz tempo que o Japão é o terceiro maior importador de café no mundo, principalmente do café brasileiro, trazendo a cultura do café para o país.

O café chegou ao Japão por meio das embarcações holandesas no porto de Dejima, em Nagasaki, no início do século XIX. Porém, o produto só começou a ser difundido na transição do feudalismo para a modernização da Era Meiji, quando o país se abriu para relações internacionais.

A partir de então, a população rural passou a ocupar os centros urbanos e as primeiras cafeterias japonesas, chamadas kissaten, foram abertas. Já a relação do café brasileiro com o Japão teve início com a imigração dos japoneses no Brasil, em 1908, quando o navio Kasatu Maru chegou ao porto de Santos.

Os japoneses chegaram ao Brasil para trabalhar nas fazendas de café em São Paulo. A partir disso, o governo brasileiro ofereceu sacas de café para serem vendidas no Japão, com a intenção de fazer propaganda do produto.

Os métodos de extração

Embora o Japão não seja um grande produtor de café, o país é pioneiro no desenvolvimento de técnicas especiais de preparação. As kissatens são responsáveis por ampliar as formas de se consumir café.

Para aperfeiçoar as ideias de preparo de café no Japão, o país também criou e continua criando máquinas específicas que ganham o mundo. Em 1925, foi lançado o primeiro sifão para preparar café pela técnica de gotejamento, que também ficou conhecida como “Nel Drip”.

Após desenvolverem o sifão, os japoneses criaram o método Kono Meimon. Essa forma de fazer café leva o nome do próprio equipamento, um cone de vidro com um furo no fundo, coberto por um filtro de papel no interior, que permite a distribuição proporcional de água.

Tem ainda o método Kalita Wave, em que a base do cone de vidro é alargada e possui três furos no fundo, o que agiliza a coagem do café japonês. O filtro de papel tem forma de ondas, contribuindo para uma extração homogênea e consistente.

biscoitos japoneses salgados para se deliciar junto com um café japonês

Cafés especiais

Além das formas especiais de se extrair o café, o Japão possui receitas e formas de consumo e preparo bem específicas. Algumas cafeterias japonesas fazem experiências com os cafés que importam, como a kissaten Café Del’ambre, que vende uma mistura de cafés envelhecidos durante sete anos.

Coar a frio

Aqui, o café é coado quente sobre o gelo. A água quente é responsável por extrair os aromas e óleos vibrantes do café, enquanto o gelo permite diluir o amargor do café. O resultado é um sabor suave e aromático, além de refrescante.

O café japonês coado sobre o gelo é caracterizado por ser mais leve, menos ácido e um pouco mais doce, com um teor maior de cafeína. Dessa forma, ele pode agradar aos paladares que não estão familiarizados com o amargor da bebida.

Cold Brew

Tem ainda o café japonês gelado, também conhecido como cold brew. Ele surgiu com a necessidade de conservar o café em períodos de guerra para consumir por um longo tempo. Agora, ele ocupa as cafeterias do mundo inteiro.

Os japoneses utilizaram a tradição milenar de preparo de chás para fazer o cold brew. Nessa técnica, o café é moído e se acrescenta água mineral ou filtrada diretamente no pó. A mistura fica descansando por 12 horas na geladeira para, em seguida, ser coada e consumida.

Café na lata

A cultura do café foi muito bem consolidada no Japão, e o consumo da bebida se tornou indispensável entre os japoneses em todos os momentos. Pensando em torná-lo acessível a qualquer hora, a marca japonesa Doutor Coffee criou o café em lata.

Assim, mesmo que não encontre uma kissaten, você vai esbarrar em uma hanbaiki – máquina automática de venda de bebidas – e encontrar um delicioso café na lata para tomar no caminho de onde você for.

As excêntricas cafeterias do Japão

Além das tradicionais kissatens, outra curiosidade sobre o café japonês são as cafeterias incomuns. No Japão, você vai encontrar cafés servidos por animes, robôs, cafeterias com corujas e 50 gatos.

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Após aprender algumas técnicas japonesas para preparar seu café, procure um grão de qualidade para sua receita ficar mais saborosa. A Coffee ++ possui opções 100% arábicas, disponíveis em quatro formatos: grãos, cápsulas compatíveis com máquinas Nespresso, moídos e drip coffee.

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