A fama de Dilla tem os pés cravados nos aspectos produtivos agrícolas, que fazem da região um dos principais locais para o plantio do café, na Somália. Por lá, a iguaria é engrenagem econômica e artigo de sobrevivência para grande parte dos moradores da pequena cidade, que cultivam com cuidado especial e direto no quintal de casa.
Entre esses “cuidadores” de café, a família Jabril, que cresceu na cidade, figura entre uma das responsáveis por elevar os sabores da bebida produzida naquele terroir, em pequenas áreas perto de casa em meio à floresta natural. Hoje em dia, esse carinho por toda a cadeia produtiva do café continua o mesmo, o que faz dos grãos cultivados em Dilla uns dos mais saborosos de toda a Etiópia.
Apesar de, no país, 10% do Produto Interno Bruto (PIB) ser representado pelo café, as questões políticas interferem diretamente em todo o contexto. Dessa forma, é muito complicado encontrar cafés etíopes de uma única variedade. Até por isso, as bebidas são nomeadas como “landrace etíope”. Mas há esperança. Todo o movimento atual tem mostrado mudança, e os produtores seguem em busca de uma identidade aos cafés de cada região.