Quem já tomou um café diferente e pensou “nossa, isso aqui tem gosto de fruta” ou “parece que tem um toque floral” talvez tenha sentido na prática, mesmo sem saber, a influência do terroir de café. Isso não se trata só do local onde os grãos foram cultivados; há vários outros fatores envolvidos.
Ao longo deste texto, vamos mostrar como cada elemento interfere no resultado. Quer entender melhor como o terroir se manifesta no café? Continue lendo e descubra um mundo de sabores escondido em cada gole!
O que é terroir?
Antes de tudo, é importante entender o que, de fato, significa terroir. Muita gente acha que se refere apenas ao país ou à cidade onde o café foi cultivado. Porém, na verdade, o conceito vai além da geografia.
O terroir é o conjunto de condições que afetam diretamente o sabor e a qualidade dos grãos — desde o clima até a forma como a lavoura é cuidada. É como se cada xícara carregasse um pedacinho do lugar de onde veio, com todas as suas características naturais e culturais.
Isso quer dizer que dois cafés plantados na mesma região podem ter sabores bem diferentes se forem cultivados em solos distintos ou sob técnicas agrícolas variadas. É por isso que o terroir ajuda a explicar a formação de notas sensoriais de café tão específicas. É como se ele desse uma identidade única para cada grão.
Altitude
Um dos fatores mais discutidos quando o assunto é terroir é a altitude, não à toa. O local onde o café cresce em relação ao nível do mar tem um impacto direto no desenvolvimento dos grãos. De forma geral, quanto mais alto, mais lentamente o café amadurece.
Esse processo mais demorado permite que os grãos fiquem mais densos e concentrem mais açúcares, o que se reflete na xícara em forma de acidez equilibrada, doçura e complexidade. Regiões montanhosas da Etiópia e da Serra da Mantiqueira, no Brasil, são bons exemplos disso. Os cafés produzidos nesses lugares costumam apresentar sabores vivos, com notas frutadas e aroma intenso.
Clima
O clima também faz parte da construção do terroir de café. Temperatura, umidade e até a variação entre dia e noite influenciam diretamente o desenvolvimento dos grãos. Quanto mais equilibrado o clima, mais previsível é o ciclo do café. Isso facilita desde a floração até a colheita.
Por exemplo, em lugares com noites mais frias, os grãos de café costumam ficar mais densos, o que contribui para uma bebida com mais corpo e aroma. Já em regiões mais quentes e úmidas, eles podem ter sabores mais doces e suaves.
Solo
Outro fator essencial é o solo, que fornece os nutrientes necessários para o bom desenvolvimento da planta. A composição, que varia entre argilosa, arenosa, vulcânica ou rica em matéria orgânica, afeta a absorção de minerais e, por consequência, o sabor.
Por exemplo, solos vulcânicos são conhecidos por sua fertilidade e riqueza em minerais. Regiões como a Ilha de Java e Kona, no Havaí, beneficiam-se dessas características. Os cafés que nascem ali costumam ter mais corpo e sabores mais intensos.
Porém, é claro, o solo sozinho não faz milagre. Ele interage com todos os outros elementos do terroir de café, criando resultados que variam conforme o conjunto das condições.
Manejo
Além dos fatores naturais, o manejo faz parte do terroir. Isso inclui desde a escolha das variedades plantadas até a definição do sombreamento, da adubação e da data da colheita.
No Brasil, muitos produtores vêm adotando práticas mais sustentáveis, como o uso de sombra natural, compostagem orgânica e colheita seletiva. Essas decisões influenciam tanto a saúde da lavoura quanto a qualidade do café.
Processamento
Mesmo após a colheita, os grãos ainda são “trabalhados”. O método de processamento é um processo da produção de café que consiste em retirar a polpa do fruto e secar o grão. Ele também interfere no perfil da bebida.
Há diferentes formas de fazer isso: o processo natural, no qual o grão seca com a casca; o lavado, que remove a polpa com água; e o honey, que mantém parte da mucilagem no grão durante a secagem. Cada técnica gera um resultado distinto.
Por exemplo, o processo natural costuma realçar doçura e notas frutadas. Já o lavado tende a trazer mais acidez e clareza no sabor. O método de processamento costuma variar conforme o clima da região e a tradição local.
O terroir na prática: o sabor fala por si
Com todos esses elementos atuando juntos, o que se tem é um café com assinatura própria. Alguns são florais, outros mais achocolatados, e há ainda os que lembram frutas cítricas. Sendo assim, todas as características do café são influenciadas pelo terroir.
Um exemplo conhecido é Geisha, do Panamá. Ele combina altitude, clima fresco, solo fértil e um manejo cuidadoso. O resultado é uma bebida leve, delicada, com notas florais e frutadas bem marcantes. Tudo isso porque o terroir da região favorece esses aspectos.
O terroir brasileiro na xícara da Coffee++
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Regiões como o Cerrado Mineiro, Sul de Minas e Chapada Diamantina são exemplos de lugares com terroir bem distinto. Cada local entrega uma experiência diferente na xícara, como uma opção mais frutada, mais encorpada ou com doçura marcante.
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