O processo de disseminação da cultura cafeeira pelo mundo é tão antigo que há lendas mostrando como ocorreu o caminho das sementes por mares e desbravadores de novas terras. Porém, você sabe quem é o maior exportador de café do mundo?
Antes de mais nada, é fundamental entender que o processo de disseminação do café começou há muitos anos, mais precisamente na Etiópia, em 575. Inicialmente, o intercâmbio cafeeiro ocorreu entre aldeias africanas, que cumpriam os protocolos de exportar café entre povos.
Não demorou muito para o café descoberto nas montanhas etíopes se disseminar pelo mundo. Tudo começou a partir da rota traçada pelos navegantes europeus e, no Oriente, o café chegou pelas mãos de sacerdotes.
Só para ilustrar parte da lenda, os sacerdotes levaram algumas frutas do Iêmen (Arábia Saudita) dentro da roupa para plantar perto de casa. Inclusive, segundo dados históricos, a região faz parte do contexto histórico da exportação de café.
O início da exportação de café
Apesar de não ser o país de origem do café, a trajetória dos grãos tem um marco importante no Iêmen. Toda a comercialização de café ocorria no porto de Mokka (no Iêmen). Assim, nasceu a primeira exportadora de café. Prova disso é que grande parte do café consumido na Europa saía desse país.
No contexto geral, o café que chegava ao porto era carregado por camelos e passava por Alexandria, no Egito. Então, os grãos eram levados para navios e, desse modo, chegavam à Europa.
A produtividade do café no Brasil
No Brasil, o café chegou ao Pará em 1721. A primeira exportação de café ocorreu em 1732, diretamente da região Norte do Brasil. O ritmo foi intenso e, atualmente, somos responsáveis por 30% da produção do planeta.
A produção tornou o país o maior produtor de café do mundo. Prova disso foi a forte comercialização dos grãos durante o Império e a República até os séculos 19 e 20. O fomento ocorreu com mais evidência em 1848, devido à chegada de trabalhadores da Inglaterra para o trabalho nas lavouras do Brasil.
Esse caminho já mostrava que o país se tornaria o maior exportador de café do mundo, o que não demorou a acontecer. Tanto é que, em 1920, a produção nacional era de 167,3 milhões de sacas
O mercado cafeeiro estava a todo vapor. No total de produtividade, 137,7 milhões se direcionaram para venda em outros países e apenas 29,6 milhões ficavam para os brasileiros. Inclusive, esses números evidenciam o posto de maior exportador de café do mundo.
Contexto histórico do café
Tudo seguia muito bem, até a Bolsa de Nova Iorque quebrar em 1929, quando houve uma avalanche de problemas financeiros para o Brasil. Com o declínio financeiro nos Estados Unidos, o café encalhou e o maior exportador de café perdeu espaço.
O preço do café desabou, o que causou impacto no mercado. A fim de equilibrar a questão da oferta e da procura do produto, o Instituto do Café de São Paulo novamente comprou e estocou o excedente.
Os reflexos disso chegaram apareceram no valor do produto. De 22,54 centavos de dólar por libra-peso em setembro de 1929, ele passou para 14 centavos no início do ano seguinte. Junto a isso, havia safra volumosa, indecisão e depressão econômica.
Já quanto ao mercado interno, houve queda de 40%, provocando a redução do salário da mão de obra. Candidato oposicionista, Getúlio Vargas perdeu as eleições para Washington Luís, que foi deposto pelo governo militar.
O governo brasileiro e os caminhos do café
Depois disso, após a Revolução de 1930, Vargas assumiu o poder e soube usar a crise cafeeira a seu favor. Em maio de 1931, ele criou o Conselho Nacional do Café e trouxe a responsabilidade para o governo, cancelando 50% das dívidas dos cafeicultores.
O presidente também estabeleceu a compra do café que “sobrava” das lavouras. A partir disso, cerca de 100 milhões de sacas foram retiradas do mercado. Só para ilustrar, antes da crise cafeeira impulsionada pela quebra da bolsa, a saca de café batia 215 mil réis. Porém, em 1931, o preço médio não passava de 25 mil réis.
Então, depois que o café foi comprado pelo governo de Getúlio, a alternativa foi a queima dos grãos estocados. Desse modo, a grande fogueira destruiu 18 toneladas na Baixada Santista. A consequência foi o aumento dos preços do café e uma menor oferta de café.
Aliás, essa fogueira ficou marcada no governo de Getúlio. Entretanto, mesmo com a fogueira de muitas toneladas, o acervo do Estado ficou com uma grande quantidade de café sem torrar por décadas seguintes.
O lugar do maior produtor de café do mundo
Porém, com o passar do tempo, o Brasil retomou o lugar entre os maiores produtores de café do mundo e o título de maior exportador de café do mundo. Tanto é que, em 2020, a Embrapa divulgou levantamento que mostra todo o domínio do Brasil no segmento cafeeiro.
Os dados mostram que foram 45,599 milhões de sacas, o que gerou US$ 423,2 milhões. Isso representou um aumento de cerca de 13,3% em relação ao ano de 2019, com compradores dos Estados Unidos, Alemanha e Bélgica entre os principais destinos, além de mais de 115 países.
Vem do Brasil o melhor café do mundo
Os números mostram a grandeza produtiva do Brasil, que hoje é reconhecida pela qualidade. Inclusive, em 2018, o café brasileiro foi escolhido como o melhor do mundo no principal concurso de qualidade para produtores: o Cup of Excellence.
O café Geisha foi produzido em Minas Gerais, na Fazenda Primavera pelo produtor Ricardo Tavares. Isso mostra que o Brasil se colocou definitivamente no espaço dos melhores do mundo.
A Coffee ++ foi idealizada para deixar esse café de qualidade no Brasil e para os brasileiros. Encontre aqui os grãos que antes eram apenas exportados e podem ser apreciados hoje pelos brasileiros.