O estado do Pará foi o portal de entrada brasileiro para os ramos de café em 1721. E para o mundo conhecer a grandeza do Brasil no setor não levou muito tempo, sendo que a primeira exportação ocorreu em 1732, na Região Norte do Brasil. Mas, nessa época, o interesse ficava restrito aos lados do Ceará e da Bahia. Contudo, quando o cultivo se iniciou no Rio de Janeiro, em 1760, o cenário mudou; e o desbravamento irradiou a muitos estados do Brasil.
O cultivo, antes restrito ao Norte, passou a ser fomento econômico em vários locais brasileiros, inclusive com grande potencial em São Paulo. Foi assim que mutações genéticas e naturais (que vieram a partir de cruzamento natural com variedades exigentes na lavoura) surgiram e endossaram o catálogo nacional.
Assim, em 1871, o município paulista de Botucatu – conhecido como “cidade de bons ares” – rendeu algumas árvores que chamaram a atenção na lavoura devido aos frutos amarelinhos. Por lá, uma sensação aguçou a curiosidade do universo cafeeiro; e assim surgiu a variedade Amarelo de Botucatu. Até porque, até então, o “natural” era encontrar os vermelhinhos entre as folhagens das plantações.
Apesar de todos os aspectos positivos, a produtividade baixa desanimou algumas pessoas, que não sabiam como lidar com os resultados baixos da colheita. Apesar disso, por curiosidade, muitos cafeicultores passaram a plantar a variedade. Esse movimento fez com que os grãos do Amarelo de Botucatu se espalhassem e chegassem a outros países rapidamente.