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Mutação e qualidade

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Em algumas terras, caturra é aquele cara teimoso que sempre ajeita uma forma de fazer as coisas exatamente do jeitinho que quer. Essa expressão caiu muito bem a um café brasileiro com características naturais, mas que não tinha muita sinergia com o solo do país.

Contudo, não foi bem isso que o café Caturra mostrou na lavoura. A descoberta da variedade ocorreu em 1937, na região da Serra do Caparaó, nos limites dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. E chegou com fama de gigante.

Mas como esse café tão especial “brotou” nas terras do Caparaó? Então, de acordo com pesquisadores, a explicação mais objetiva é em relação a uma possível mutação natural do café Bourbon. Até porque, as semelhanças genéticas são fortes, apesar de, na xícara, o Caturra trazer uma doçura menos elevada, menos corpo e acidez cítrica. Porém, quando o quesito é qualidade, o café é inquestionável.

No tamanho, essa variedade não atinge a altura das plantas de Bourbon e faz com que o grão brasileiro ostente o fato de ser a primeira mutação de café com tamanho reduzido e boa capacidade produtiva. Os frutos aparecem nas cores vermelho (mutação do Bourbon) e amarelo (possível mutação do caturra vermelho).

Inclusive, é o tamanho da planta que pode explicar o fato da baixa assimilação de nutrientes pela raiz. Tanto que, nos solos vulcânicos da Colômbia e Costa Rica, a adaptação foi instantânea e faz do Caturra um dos principais cultivares dos países ainda nos dias de hoje.

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