Sabe aquele cheiro de flor que desdobrava no jardim da casa de vó? Então, tudo se inicia aqui. O aroma é um total convite para uma experiência, e as nuances de jasmim surgem como o guia que te carrega ao resultado final de um dos cafés mais singulares do planeta.
Esse é o Geisha, que, com doçura, acidez equilibrada e muita leveza, conquistou patamar de realeza. Exagero? De maneira alguma! Tanto que a validação do alto padrão da bebida vem endossada por números atraentes conquistados nos principais concursos de café pelo mundo.
Apesar da fama recente em terras brasileiras, a história da planta é antiga – mais precisamente datada em 1931, na Região Sul da Etiópia, África. Porém, o protagonismo demorou um pouco para ganhar os holofotes merecidos. Foi a ousadia de Francisco Serracín (mais conhecido como Don Pachi), que colocou o grão no lugar certo do pódio. O patamar alto é merecedor e justifica os altos cifrões praticados no mercado. As notas bem definidas são perceptíveis no primeiro contato com o paladar e rendem uma explosão completa de sabores.
Mas foi só em 2004 que as produções ganharam “corpo” e começaram a conquistar o respeito de especialistas, além de pontuações elevadíssimas em concursos. De lá para cá, Don Pachi iniciou a construção de um império bem consolidado que rende exportação para mais de 27 destinos diferentes. Esse império todo, aliás, faz morada entre os criteriosos membros da família real japonesa, que elegeram o grão como a bebida oficial do palácio.
Toda essa potência vem como presente de DNA da planta. No entanto, são o cultivo carinhoso, os experimentos de fermentação e o pós-colheita criterioso que asseguram a qualidade extrema desse café. Até porque, como diz o ditado mais real do mundo cafeeiro, “no café e no amor não tem doutor”.
Por isso, não basta ter uma origem de alto padrão. O resultado de um Geisha de alta qualidade surge a partir da união de uma cadeia de muito trabalho, em que o grande diferencial é o olhar carinhoso do produtor para cada pé de café plantado na fazenda.