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Moca, mokka ou mocha?

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Então, vamos lá! Para falar dessa variedade é preciso começar, antes de qualquer história, com um esclarecimento que pode, inevitavelmente, surgir no seu imaginário. Moca, Mokka ou Mocha? Qual a nomenclatura correta para falar desse café tão popular, que é conhecido em todo o mundo? Na cafeteria, você já pediu um mocha com bastante chocolate?

Primeiramente, é bom que fique claro: apesar das singularidades na grafia, estamos falando de três pilares bem diferentes aqui. Mas quem veio primeiro? Como já dizemos algumas vezes, “café e amor não têm doutor”, porém a história tem uma linha cronológica bem interessante, que vale o registro.

Registros mostram que os primeiros cultivos desse grão ocorreram nos séculos 15 e 17, no porto de Moca, no Iêmen (Oriente Médio) – que, por muitos anos, foi o mais importante espaço de comercialização de café no mundo, além de um grande exportador. Por se tratar de uma variedade nobre e com nuances de sabores muito valiosas, o mercado se rendeu ao Moca

Esse, aliás, foi um rendimento consciente, já que não precisa de muito esforço para vivenciar todo o envolvimento do chocolate na boca, que ocorre logo no primeiro gole de café. Para muitos especialistas, essa variedade surgiu a partir de uma mutação natural anã do café Bourbon, uma vez que, geneticamente, os dois são muito parecidos. 

Os grãos de Moca

Quando chegamos à lavoura, o Moca também tem uma variante bastante conhecida entre os produtores. Trata-se de um grão com tamanho e formato muito diferentes dos demais. O resultado é uma semente mais oval e que não ocupa toda a cavidade do fruto. Como isso ocorre? Simples: de acordo com especialistas, estamos falando de uma variedade genética. Ao contrário do processo tradicional, nesse caso, a fecundação é realizada em apenas um dos ovários da flor do café; e o resultado é a semente do tipo Moca.  

Para o mercado, esses grãos provaram seu valor e, atualmente, são vendidos com peneiras específicas. Muita gente afirma que, na boca, a similaridade com o café Mocha (bebida à base de chocolate) e o adocicar são bem fortes no paladar.

Um Mocha, por favor!

Na xícara, o sabor em chocolate marca presença sem muitos rodeios. Talvez por isso, nas cafeterias de todo o mundo, a versão do Mocha seja uma quase unanimidade. A receita raiz é feita com um terço de café expresso, dois terços de leite vaporizado e um terço de chocolate em pó ou em calda – que pode ser amargo ou ao leite. Diferentemente do que ocorre com o preparo do cappuccino, aqui a espuma de leite vaporizado por cima não surge como o grand finale da bebida. Até porque, a finalização fica com creme de nata batido (chantilly) e salpicado com chocolate em pó, antes de servir.
Acabou? Ainda não. Resta a versão estilizada com a letra K entre as palavras. Coisa de gente metida à besta para criar efeito? Desta vez, não. O Mokka é o charme de toda a trilogia. O nome se refere a uma linda cafeteira italiana que já se apresenta entre os mais clássicos métodos de preparo de café. Endeusada pelos amantes do bom café e do design, essa cafeteira já foi motivo de obras de arte contemporânea e temas de pinturas.

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