Transitar pelas montanhas da Etiópia é (quase) uma garantia de “esbarro” espontâneo em uma árvore selvagem de café. Entre essas variedades exóticas, a Ennarea (ou Ennaria) surge alta e com grãos graúdos bem em meio ao relevo da região. Uma cena bonita que vale uma proposta de turismo ecológico envolto numa total experiência.
A verdade é que ainda não se sabe muito sobre a origem, caminhos e diversidade dos cafés selvagens da Etíopa. Entretanto, na xícara, eles surgem com uma potencialidade enorme que faz jus a todo o contexto de origem — até porque, apesar de muitas histórias sobre a origem do café no mundo, a tese de nascimento na Etiópia é defendida vigorosamente pela a maioria dos pesquisadores.
Mas mesmo com incansáveis estudos sobre toda a cadeia nativa do café e tentativas de traçar a caminhadas dos grãos oriundos do Sul da Etiópia tudo ainda é muito vago sobre as variedades nascida naquela região.
Tanto que na tentativa de traçar o trajeto desses cafés, entre 1952 e 1953, pequenas populações de mudas foram de alguns cafés selvagens da Etiópia foram entregues em Campinas: Ennarea ou Ennaria, Jimma, Kaffa e Anfilo, Agarro ou Agaro, Cocce, Irgalem (Dalle), Dilla, Tafari-Kela, Arba Gougon (com ponta vermelha), Harrar ou Harar, Zeghie, Loulo, Wolkitte ou Uolchitte e Wollamo.
No entanto, mesmo com todo esforço de pesquisadores, com a Ennarea (ou Ennaria) não foram encontrados rastros definidos que seriam capazes de definir o parentesco com outras variedades do local.