A evolução do consumo de café no Brasil: das primeiras ondas à era dos cafés especiais

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Onda do consumo de café pelo Mundo

Nos últimos anos, o consumo de café especial no Brasil tem ganhado destaque, refletindo um movimento crescente de valorização da qualidade e da terra, dando início na onda do consumo de café . O país, que atualmente conta com 35 regiões produtoras de café, tem se destacado pela diversidade de notas sensoriais e aromas em suas bebidas. 

Embora apenas 5% dos lares brasileiros consumam cafés especiais, a expectativa é que esse número dobre nos próximos 10 anos.

Conheça a Onda do Consumo de Café

Os estudiosos do café classificam a história do seu consumo em diferentes “ondas” ou etapas. Essas ondas têm influenciado o mercado mundial e são uma forma interessante de entender como o café evoluiu ao longo do tempo. A concepção dessa ideia remonta a 2002, quando Trish Rothgeb escreveu sobre a “Terceira Onda de Café”.

1 – Primeira Onda

A Primeira Onda do consumo de café teve início no século 19 e se estendeu até o início do século 20, coincidindo com a Segunda Guerra Mundial. Foi nessa época que o café se popularizou como uma bebida acessível em todo o mundo. 

Durante a guerra, o café era frequentemente utilizado para manter os soldados alerta. Após a guerra, o café passou a ser preparado em casa, com coadores de pano ou de papel, como o famoso Melitta.

2 –  Segunda Onda

A Segunda Onda do consumo de café surgiu nas décadas de 1960 a 1990, quando cafeterias como a Starbucks começaram a se popularizar. Essas cafeterias introduziram o conceito de café gourmet, oferecendo uma ampla variedade de opções, como lattes, cappuccinos e outras bebidas à base de café. 

Nesse período, os baristas e receitas de drinks à base de café ganharam destaque, proporcionando experiências únicas aos consumidores.

Onda do consumo de café - cafeterias
Segunda Onda do consumo de café surgiu nas décadas de 1960 a 1990 em cafeterias.

3 – Terceira Onda

A Terceira Onda do consumo de café começou a se desenvolver no final da década de 90. Nesse período, houve um aumento significativo no interesse pela qualidade e sabor do café. 

Os consumidores passaram a valorizar a cadeia produtiva do café, incluindo técnicas de cultivo, torrefação e preparo. A busca por grãos de café especiais e métodos de preparo precisos, como Hario V60 e Chemex, se tornou uma tendência.

Terceira Onda do consumo de café
A Terceira Onda do consumo de café começou a se desenvolver no final da década de 90. Meódo V60

4 – Quarta Onda: a era dos cafés especiais

Embora alguns estudiosos argumentem que ainda estamos na Terceira Onda, a Coffee ++ acredita que já começamos a trilhar a Quarta Onda do consumo de café. Nessa fase, o foco está em proporcionar experiências únicas, valorizar a diversidade sensorial e democratizar o acesso aos cafés especiais.

Democratização do café especial

É importante ressaltar que essas ondas de consumo não são limitadas a regiões específicas e podem coexistir em diferentes partes do mundo. Na era dos cafés especiais, a harmonização tornou-se uma arte, combinando os sabores e aromas do café com outros alimentos. 

Assim como um sommelier harmoniza vinho e comida, os apreciadores de café exploram diversas combinações para realçar as características e nuances da bebida.

A história do consumo de café no Brasil é marcada por diferentes ondas, cada uma refletindo a evolução do gosto e do interesse dos consumidores. A Quarta Onda, atualmente em ascensão, está democratizando o café especial e convidando os amantes da bebida a explorar um mundo de sabores e aromas únicos. 

À medida que continuamos a apreciar e valorizar o café, essa jornada de descoberta sensorial está longe de chegar ao fim.

Onda do consumo de café - Café Especial
Democratização do Café Especial
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