No mundo do café especial, não faltam individualidades para definição dos grãos. Até porque, entre as variedades de café especial, cada bebida surge de uma forma, com aroma distinto e notas específicas. Porém, antes de entender esses aspectos, é importante saber quais são os tipos de café.
Em resumo, quando falamos da planta, existem dois tipos de grãos de café: arábica ou robusta (ou conilon), que surgem de formas diferentes na xícara. Os grãos de robusta têm mais concentração de cafeína, amargor e menos sabor. Enquanto o arábica é adoçado diretamente no pé, acidez e notas sensoriais.
Além disso, no mundo do café especial, existem uma série de variedades que brotaram a partir do tipo de café arábica e deram ramos por todo mundo. Entre os mais populares no Brasil, estão Catuaí, Mundo Novo, Bourbon, Geisha e mais de 50 variedades de tipos de cafés especiais espalhadas por todo o mundo.
Tipos de café especiais cultivados: Bourbon
O Bourbon vermelho foi descoberto na África, há mais de 160 anos. Os pés altos de café chegam até três metros de altura, mas os frutos são bem pequenos. A boniteza da lavoura é o agradecimento de um cultivo cuidadoso dessa variedade sensível, pouco resistente às pragas. É um dos tipos de café cultivados no nosso país.
No Brasil, o casamento da planta com boa parte do terroir tem no clima o embasamento de uma relação tão duradoura. Tudo começou quando o governo do Brasil se movimentou em prol de articular uma inovação cafeeira, em 1859. Nesse contexto, um dos tipos de café escolhido foi o Bourbon.
Assim, as sementes da planta foram espalhadas para produtores de vários lugares do país e deu certo. O Bourbon vermelho foi o primogênito, mas abriu as porteiras para os frutos de Bourbon amarelo e rosa.
Segundo alguns estudiosos, o nascimento do Bourbon amarelo veio a partir da mutação natural com os grãos de Bourbon vermelho. Há também outros pesquisadores que acreditam que a mutação foi entre os grãos de Bourbon vermelho e Amarelo de Botucatu, gerando os amarelos.
Catuaí: o café 100% brasileiro
Outra variedade de café bem popular no Brasil é o Catuaí. O nome, em tupi-guarani, significa “muito bom”. Ele traz, entre muitas características, a doçura relevante, como experiência inicial de contato com o paladar. De fato, “muito bom” é o mínimo a dizer desse café, que nasceu de um cruzamento genético e muita pesquisa.
O sabor adocicado surge sem grandes esforços de percepção e tem o equilíbrio ideal na xícara com a leveza da doçura natural. Já os frutos podem ser tanto vermelhos quanto amarelos nas ruas de café, cada espécie com singularidades típicas.
Esse café na lavoura é pequenino. Aliás, o porte é outro ponto relevante entre os benefícios do cultivo, já que esse tamanho baixo faz da colheita manual um dos pontos altos de todo o processo de pós-colheita.
Um Mundo Novo para o café
Acredita-se que o Mundo Novo surgiu naturalmente na lavoura, a partir das variedades Sumatra e Bourbon, originalmente cultivadas no Brasil. Por isso, alguns agricultores até falam dele como o “Bourbon brasileiro”. A semente arredondada mostra a força e a resistência de uma planta que resiste bem às doenças.
As primeiras plantas cresceram no município paulista de Mineiros do Tietê e, depois de descobertas, algumas sementes foram levadas à cidade Mundo Novo. Foi assim que surgiu o café – e o nome da variedade –, com ótimo índice de produtividade na lavoura.
Geisha: um dos tipos de café mais valiosos do mundo
O Geisha foi descoberto em 1931, no vilarejo de Gesha. Contudo, a popularidade dessa variedade só ocorreu tempos depois, no Panamá, em 2004. O responsável foi o produtor Don Pachi, que resolveu plantar os pés de café no alto das montanhas panamenhas.
A planta deu “match” com o terroir do local, e o resultado foi uma bebida com características bem florais, muito equilíbrio e delicadeza na boca. Em 2018, a variedade cultivada na Fazenda Primavera foi a mais pontuada do mundo pelo campeonato Cup of Excellence.
As opções de café especial
Esse café, que normalmente era exportado, ficou no Brasil. Até porque a Coffee ++ tem como propósito democratizar o consumo do café especial entre o nosso povo. É por isso que um dos cafés mais valiosos do mundo, hoje, pode ser encontrado de muitos jeitos, como os tipos de café expresso.
Esse café em cápsulas compatíveis com a Nespresso tem aromas de flores de jasmim que perfumam qualquer ambiente. Além disso, ele pode ser preparado em métodos distintos.
Para aqueles que buscam tipos de coador de café, não assumimos lado na disputa entre coadores de pano e papel. Isso porque cada jeito tem uma peculiaridade, bem como uma experiência sensorial distinta.
Em relação ao café pronto para consumo, o mercado trabalha com tipos de torra de café, que se resumem em clara, média ou escura. Para explicar de um jeito bem simples, gostamos da analogia do bife na panela: o bife cru é a torra clara, ao ponto é a torra média, e o bife queimado (com gosto de carvão), a torra escura.