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O método de filtrar café usando Kalita Wave

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kalita wave

Design moderno e bebida limpa são alguns dos pontos altos do método de preparo Kalita Wave. O filtro de metal tem beleza e é uma forma de coar o café. Em resumo, trata-se de um método que se assemelha muito ao V60 e um dos preferidos de baristas, pois traz peculiaridades para o preparo.

Na xícara, a entrega é uma bebida limpa com notas sensoriais evidenciadas, doçura e aspectos de sabor marcantes nos grãos. O formato consiste em um filtro de metal criado em 1958, no Japão. Aliás, os japoneses são protagonistas e grandes inventores da inovação cafeeira.

Rapidamente, esse método se tornou o concorrente direto do Hario (também japonês). O filtro Kalita Wave nasceu do desejo de uma empresa familiar de levar diversidade ao mercado. Assim como a Hario, a Kalita Co. foi idealizada a partir do volume de vendas da alemã Melitta.

O foco em qualidade do café

Nessa época, o mundo já iniciava o consumo de café baseado na qualidade, mudando de patamar e trazendo a conhecida Terceira Onda do Café. Por isso, o design foi pensado para proporcionar uma extração no filtro de papel que gerasse a pureza de um café filtrado no formato de infusão.

Esse filtro de café é usado no suporte com formato de cone e elevações internas ligadas à extração. Já no fundo do filtro, há três furos pequenos e cerca de 20 ondas internas, daí vem o uso de Wave (“onda” em inglês) no nome. O método consiste em fazer o pó de café ficar mais tempo em contato com a água quente e, consequentemente, potencializar o aspecto sensorial dele.

O método Kalita Wave e o preparo da bebida

O Kalita Wave em inox pode ter formatos de coadores no tamanho 155 e 185. Também é possível encontrar os filtros feitos em cerâmica e vidro. Cada um deles gera um perfil distinto de café:

  • o café Kalita no filtro de inox é mais resistente, e os furinhos no fundo ficam bem juntos. Além disso, o aço pode adicionar um sabor com aspecto metálico à bebida;
  • no caso do vidro, a idealização é bem mais simples, e os furos não têm muito alinhamento, o que interfere na qualidade do café;
  • já o de cerâmica retém mais o calor e tem durabilidade muito alta.

Diferenças em Hario V60 e Kalita Wave

Apesar da semelhança estética, o Hario V60 tem um furo maior no fundo, que acelera a extração de café. Já o filtro Kalita Wave tem mais furos, porém menores, então a passagem do café é um pouco mais lenta e o tempo de infusão, maior.

Obviamente, o tempo de extração não se compara ao da prensa francesa e ao da Aeropress. Isso traz menos intensidade à bebida, como também não entrega uma finalização com gosto amargo na xícara. Porém, o corpo é mais denso (aquele que preenche toda a boca) na Kalita, já que a quantidade de água usada é menor em relação ao método de preparo na Hario.

Ainda assim, para o preparo no filtro Kalita Wave, é importante entender sobre a temporização do café, ou seja, analisar o tempo ideal para a extração. O resultado é a famosa xícara limpa idolatrada por todos os baristas, mas atingi-lo não é uma tarefa simples.

kalita wave

A xícara perfeita e o jeito de fazer café no filtro Kalita Wave

Sendo assim, com paciência e constância, é possível entender sobre os passos de preparo. Existem três fatores importantes para o resultado, entre eles: a moagem, a temperatura da água e o tempo de extração. A pureza da água também é um ponto essencial.

O ideal é que o líquido esteja a 96ºC e, para quem não tem o termômetro, a solução é desligar o fogo assim que as bolinhas subirem. Além disso, a quantidade de pó deve ser calculada de acordo com a água utilizada.

Os valores dos filtros são mais “salgados” e giram em torno de R$ 200 e R$ 300 por conjunto com 100 unidades. Portanto, para o Kalita Wave, é necessário investimento.

Os passos do preparo no Kalita Wave

De acordo com as nossas pesquisas, a cada 20 g (duas colheres de sopa cheias) de café, usamos de 290 a 320 ml de água. Faça a filtragem de forma lenta e use o timer para controlar os aspectos sensoriais entregues no café.

Porém, para garantir a qualidade da bebida, a seleção dos grãos é essencial. O café superespecial tem doçura natural, acidez equilibrada e aspectos que podem ser potencializados de acordo com o método escolhido.

Na Coffee ++, todos os grãos estão acima de 84 pontos. O café produzido pelo Luiz Paulo Pereira, por exemplo, tem notas de frutas roxas. O resultado da bebida é delicadeza e notas aveludadas que se materializam diretamente no paladar.

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