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A origem do café no Brasil

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Lavoura de café na região Sul de Minas Gerais

Você sabe sobre a origem do café no Brasil? O estado do Pará foi o portal de entrada brasileiro para os ramos de café, em 1721. Contudo, para o mundo conhecer a grandeza do Brasil no setor não levou muito tempo. Prova disso veio com a primeira exportação dos grãos brasileiros que ocorreu em 1732, na Região Norte do Brasil. 

Entretanto, nessa época, o interesse ficava restrito aos lados do Ceará e da Bahia. Enfim, quando o cultivo se iniciou no Rio de Janeiro, em 1760, o cenário mudou; e o desbravamento irradiou a muitos estados do Brasil.

Dessa forma, ocorreu o surgimento do café no Brasil. Aliás, para entender o cenário brasileiro, é importante voltar há muitos anos. Isto é, em 575 a.C  e entender como os grãos de café foram descobertos. Já que foi dessa maneira que eles passaram a fazer parte da história do mundo. 

A origem do café no mundo

Surpreendentemente, não existe nenhum relato oficial sobre a origem do café. Mas,  pesquisadores contam uma história muito legal sobre a segunda bebida mais popular do mundo, depois da água.

Conforme relatos, os primeiros passos da descoberta do café pelo mundo se iniciaram lá em 575 a.C. Assim que cabras animadas decidiram mostrar todo o potencial das árvores de café. Até porque, depois de comerem os frutos que cresciam entre as áreas montanhosas e selvagens da Etiópia elas saltaram de emoção. 

Gostou do papo? Então continue aqui que vou detalhar toda essa conversa que tem um personagem muito relevante e observador.

As cabras encontram o café na Etiópia

Antes de mais nada, é importante ressaltar a figura de Kaldi. Ele foi um pastor de cabras e nome de relevância no mundo do café. Nas lavouras muitas pessoas acreditam, que, certo dia, ele decidiu sair com as cabras pelas montanhas da região de Gimma, na Etiópia. 

O local era de beleza estonteante. Ainda mais pelos desenhos das cordilheiras e todo crescimento de árvores e plantações.

O sonho que originou em café

Naquele local tinha de tudo. Ao mesmo tempo que se tratava de um paraíso ideal para um bom descanso. Foi assim que pastor seguiu um fluxo convidativo do lugar e dormiu. 

Quando acordou, ele percebeu que os animais estavam agitados e não paravam de mexer e pular. Portanto, ficou curioso e buscou entender tudo aquilo que havia ocorrido.

Foi assim que Kaldi viu que toda aquela “animação” começou depois que as cabrinhas comeram umas frutas vermelhas nos ramos da floresta. 

Então, ele cortou o galho e levou os frutos até um sacerdote chamado Wise. A fim de entender tudo aquilo, já que o sacerdote era muito respeitado na região. 

O encontro do café e o fogo

O padre ficou curioso e decidiu cozinhar aquelas frutinhas cheias de caldo e bem docinhas. Com toda a certeza, o gosto foi muito amargo. De tal forma que rapidamente, ele jogou os ramos no fogo — quase como uma reação instantânea e dissabor. Pronto. 

A energia do café

O aroma subiu e invadiu todo o local. De tal sorte, todo mundo começou a entender porque aquelas cabras focaram em comer aquelas frutinhas.

Foi assim que descobriram que torrar as sementes no fogo iria gerar uma infusão estimulante. De acordo com a condução do aroma, eles gostaram e decidiram nomear a descoberta como “bunna” (que significa café). 

Dessa maneira, o sucesso foi tanto na aldeia que a primeira ação dos sacerdotes foi de muita animação. Como resultado de toda a energia, eles tomaram café e, em seguida, começaram a transcrever a Bíblia.

Enquanto, depois de tomar “bunna”, o pastor Kaldi decidiu escalar a montanha com as cabrinhas. Na Etiópia, ao longo dos anos, café se tornou parte de ritual bonito de um momento mágico e de ancestralidade. 

Qual origem do café no Brasil?

Você já havia pensando sobre qual a origem do café no Brasil? O cultivo, antes restrito ao Norte do país, no estado do Pará, passou a ser fomento econômico em vários locais brasileiros.

Inclusive com grande potencial em São Paulo. Assim as mutações (que vieram a partir de cruzamento natural com variedades exigentes na lavoura) surgiram. Com efeito, elas endossaram o catálogo nacional.

Nesse meio tempo, em 1871, o município paulista de Botucatu – conhecido como “cidade de bons ares” – rendeu algumas árvores que chamaram a atenção na lavoura devido aos frutos amarelinhos. 

Por lá, uma sensação aguçou a curiosidade do universo cafeeiro; e assim surgiu a variedade de café Amarelo de Botucatu. Até porque, até então, o “natural” era encontrar os vermelhinhos entre as folhagens das plantações.

Lavoura de café, com grãos amarelos
Sabia que nas lavouras brasileiras foram descobertos grãos amarelos?

O surgimento do café no Brasil

Apesar de todos os aspectos positivos, a produtividade baixa desanimou algumas pessoas. De acordo com relatos, eles não sabiam como lidar com os resultados baixos da colheita. 

Apesar disso, por curiosidade, muitos cafeicultores passaram a plantar a variedade. Assim ocorreu o surgimento do café no Brasil. Esse movimento, portanto, fez com que os grãos do Amarelo de Botucatu se espalhassem e chegassem a outros países rapidamente. 

A chegada do café no Brasil e em outros lugares mundo

Qual é a sua missão no mundo do café, ou seja, o que te move a gostar de café? De fato, o seu propósito é o de apresentar novos sabores para um amigo, numa cafeteria no fim de tarde? Ou você é aquele tipo de estudioso que sempre guarda bons grãos em casa e provoca um perfeito ritual quando recebe alguém que gosta?

Então, sorria! De acordo com a história, você tem traçado um bom caminho como missionário do café.

A princípio esse termo é antigo e se confunde com a origem do grão. Tanto que, antigamente, entre um grupo de franceses, essa ideia era muito bem determinada. Acima de tudo, com grande respaldo, já que foram eles uns dos grandes responsáveis por disseminar a cultura do bom café no mundo.

A disseminação do café no mundo

Tudo se iniciou com o cultivo dos grãos de cafés Bourbon (originários da ilha de Reunião) nos assentamentos desses missionários. Acredita-se que eles levaram os grãos para a África ocidental, Tanzânia e Quênia. 

Até porque, para outros estudiosos, nessas lavouras plantadas pelos franceses haviam grãos variados e, consequentemente, disseminação da cultura cafeeira.

O resultado de todo esse desbravamento veio com uma variedade que, obviamente, recebeu o nome de French Mission. Sobretudo, uma alusão direta à missão francesa no universo cafeeiro. 

A missão francesa no mundo do café

Sendo assim, esse batismo ocorreu há décadas, ainda nos primórdios da descoberta do café. Posteriormente, a bebida se tornou uma das mais populares do mundo. Além disso, é apreciada por exigentes paladares.

Tudo isso ocorre, principalmente, pela suavidade misturada à doçura, bem como as marcas de nozes. Ao propósito, todo esse poder na boca pode explicar o quão potente esse café sempre se apresentou. 

Tanto que ele foi base de experimento para a Scott Laboratories (organização de pesquisa com sede no Quênia), responsável pelo desenvolvimento das variedades de SL, sendo o SL-28 e o SL-34 os mais relevantes.

Como o café chegou à Índia?

Você já ouviu o conto indiano das sete sementes de Baba Budan? Não? Antes de tudo, pegue uma xícara de café e se prepare. 

Então, na Índia, todo mundo acredita que o sábio monge Baba Budan estava em uma peregrinação ao Meca, em meados do século 16. Conforme relatos, o Iêmen monopolizava todo o cultivo do grão de café. Por isso, os grãos só podiam ser exportados torrados.

Mas Baba não gostou nada daquela proibição. Visto que ao passar pelo porto de Mocha, no Iêmen, escondeu sete sementes (até porque sete é um número sagrado na Índia) da iguaria dentro nas roupas.

Rapidamente, ao chegar em casa, ele plantou os grãos na montanha que vivia. Dessa forma, nasceram os primeiros pés de café no país. 

As sementes que se tornaram indianas

O que se sabe é que as variedades Jackson, Kent, Coorg e Mysore têm registros de uma mesma região da Índia. Seja como for, esse fato pode comprovar que elas são descendentes daquelas sete sementes levadas por Baba Budan. 

Porém, outros pesquisadores acreditam que a variedade Jackson tem origem no nome do senhor Jackson, um produtor famoso e desbravador de café na cidade de Mysore, na Índia, em 1900. Já que ele encontrou algumas árvores na plantação e descobriu que elas eram resistentes às pragas e ferrugem. 

Dessa maneira, a variedade Jackson – que é relacionada ao café Bourbon – passou a fazer parte do universo cafeeiro. 

Atualmente, esse café é encontrado em grande escala em Ruanda. Entretanto, assim como a origem do café no Brasil, não há explicação exata de como a planta parou no país. Alguns acreditam que quenianos podem ter a levado na década de 1940 e a cultivado por lá. Contudo, não há registros formais. 

Consumo crescente de café

Em verdade, o que se pode afirmar, desde a a origem do café no Brasil e no mundo, os grãos passeiam pelos oceanos do mundo. Atualmente, o Brasil figura no topo de produção nas lavouras e ocupa o segundo lugar no consumo.

Sendo que, em 2020, a previsão, de acordo com Embrapa, é que a demanda por consumo no planeta seja maior do que as ofertas das lavouras. Dados que mostram indício de curva em constante crescimento.

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